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sexta-feira, dezembro 18, 2009

O desplante não tem fim...


... e está bom de ver que o Estado lá teve um dedito na coisa, há pessoas de cidades mais interiores que acham que o Porto fala mas de barriga cheia, que se queixa muito mas tem tudo, tirando o FC Porto que realmente tem tudo, a cidade tem perdido influência e peso estratégico, mas ao contrário do que muitos pensam a asfixia tem sido terrível, mal anda uma cidade que sendo a 2ª do país sente enormes dificuldades em crescer e avançar rumo à modernidade, em capitalizar investimentos pois tudo é centralizado, descaradamente centralizado, recorrendo a um argumento muito curioso, o de que o país é pequeno demais para existirem divisões e vai daí fica tudo em Lisboa, até os fundos comunitários são canalizados para Lisboa com o ardil "sui generis" de que através do investimento na capital o país beneficia...ora Lisboa e os lisboetas estão habituados a ter tudo ali ao pé e a não fazer grandes viagens nem grandes despesas para assistirem a um qualquer espectáculo social, desportivo ou cultural, com a grande vantagem de auferirem vencimentos bem mais elevados do que no resto do país. Estamos portanto inseridos num país cujos governantes mereciam que todas as cidades transferissem para a capital todo e qualquer imóvel com carga histórica, a Torre dos Clérigos, a Sé de Braga, o Palácio dos duque de Bragança em Guimarães, os Mosteiros da Batalha e de Alcobaça, as ruínas de Conímbriga, o Templo de Diana em Évora e todos os outros que por lapso e falta de espaço não mencionei...
Talvez assim eles saciassem o apetite voraz que possuem por tudo o que de bom existe pelo resto do país e nos deixassem recomeçar tudo de novo mas não à parte deles, com a capital onde deveria estar, em Guimarães, onde tudo começou...
Também me irrita a redução das assimetrias nacionais à dicotomia Lisboa-Porto, é muito redutora esta perspectiva, o Porto é apenas o espelho do que de mau se faz ao país, insisto na mesma ideia  mal anda um país onde 2ª maior cidade não consegue libertar-se da asfixia centralista, mal anda um país onde  um qualquer problema informático de uma qualquer repartição de finanças ou esquadra ou tribunal  tem de ser resolvido por um técnico vindo de...Lisboa!
Viva o centralismo, viva Portugal, viva Lisboa e a sua capital Cascais!

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