Destinatário: Estado Português e Assembleia da República
Petição "Independência da Região Norte de Portugal"
O Norte de Portugal tem sido ao longo destes anos vítima de uma centralização abusiva de fundos nacionais e comunitários na região de Lisboa, por parte do Estado Português. De facto, todos os grandes investimentos são feitos na capital, desprezando-se outras regiões do país, principalmente o Norte. Exemplos destes investimentos são a Expo 98, o novo Aeroporto de Lisboa (e não do país, como se quer fazer crer), o TGV, as pontes sobre o tejo, entre outros. Para a realização desses projectos, são desviados fundos comunitários do QREN, que tinham como destino inicial a região Norte. Mas infelizmente, não é só com vista a estes grandes investimentos que estes fundos são desviados, mas também com vista à criação e atracção de empresas nacionais e estrangeiras para a região de Lisboa. Todos estas situações são demiasiado claras para passarem impunes. De facto, da constituição de 25 de Abril de 1976, na qual se referia que deveria ser imposta a Regionalização em Portugal, com vista a uma descentralização, democratização e desburocratização da administração central, nada até hoje sobra, senão uma violação dos princípios dessa mesma constituição. Passados então trinta e três anos sobre a mesma, muito pouco foi feito para a cumprir, e os sucessivos governos deixam-na cair em descrédito. É então óbvio, que a Regionalização em Portugal, não convém a Lisboa, sob pena de esta mesma deixar de viver às custas de outras regiões, como o Norte de Portugal, e de perder a riqueza que acomulou e tem vindo a acomular ao longo destes anos. Mas sublinhe-se que muita desta riqueza, se deve então ao desvio de fundos, centralização e burocratização. Como se já não bastasse o regime centralista de Salazar, que só tinha olhos para Lisboa, a verdade é que as assimetrias para a região Norte têm vindo a aumentar cada vez mais. Surgem então várias perguntas. Se voltarmos atrás na História, o Norte de Portugal, juntamente com a Galiza, sempre foram povos irmãos e com o mesmo sangue. os próprios Galegos se revêm mais como Portugueses do que Espanhóis. Mas sublinhe-se que quando neste caso se diz Portugueses, diz-se Norte de Portugal. De facto, o Sul de Portugal muito pouco tem de comum com as gentes do Norte e da Galiza, que outrora formaram a a Gallaecia. Além das diferenças no clima, cidades, natureza, geografia, e outros, a mentalidade das pessoas do Norte de Portugal é muito diferente das do Sul. O Norte tem influências Galegas, algo que o Sul não tem. Posto isto, é justo dizer-se que o Norte de Portugal merece e tem condições de aspirar a ser independente, pois foi sempre maltratado ao longo destes muitos anos de Portugal, Norte mais sul. Repita-se, tem toda a legitimidade para isso, pois tem todo o direito a desenvolver-se como região, recuperando o tempo perdido, o qual lhe foi imposto. Se Lisboa, possa pensar que isto é um absurdo, que deixe então o Norte de Portugal ser independente, pois o mesmo não necessita de Lisboa, pois tem muitos recursos para se auto-governar. Já o contrário, infelizmente, não se pode afirmar que seja verdade. Pela liberdade, democracia, descentralização e verdade, faz-se então a petição para um Norte de Portugal independente. Espera-se por parte do Estado Português, Assembleia da República e outros orgãos importante de soberania, que deixem as gentes do Norte seguirem o seu caminho. É este o cenário justo e verdadeiro, pois caso contrário haverá a origem de muitas revoluções e descontentamento. Muito obrigado pela vossa atenção.
Sem comentários:
Enviar um comentário